morro do Macaco

segunda-feira, outubro 23, 2006

Que saudades do pandeiro dela...


Me perdoa se eu me excedo em minha euforia, já sincopava no pandeiro seu Argemiro Patrocínio

sábado, outubro 14, 2006

Identidade, Outras Reliquias, Machado de Assis, 1908

“Convenhamos que o fenomeno da semelhança completa entre dois individuos não parentes é couza mui rara, -- talvez ainda mais rara que um máu poeta calado. Pela minha parte não achei nenhum. Tenho visto parecenças curiozas, mas nunca ao ponto de estabelecer identidade entre duas pessoas estranhas.”


Homens de casaca: parecenças curiozas

domingo, outubro 08, 2006

repórter Esso (1)

Amigos ouvintes, aqui fala o seu repórter Esso, testemunha ocular da História.

Boa noite, amigos. Este domingo está marcado pela implacável caçada iniciada pelo Delegado Geral de Polícia do Rio de Janeiro ao chefe do crime na capital federal: o negro Djalma dos Santos. Da delegacia geral de polícia, no Catete, o Dr. Paulo Padilha de Albuquerque falou à imprensa que o facínora é procurado vivo ou morto. Djalmão, como é também conhecido na rodas de malandros e delinqüentes, é acusado pelo delegado geral de chefiar o tráfico de drogas, contrabando, comunismo e tudo mais que não presta. O preto Djalmão dos Santos se esconde no alto dos morros que nos rodeiam. Do alto, ele comanda a violência e a pouca vergonha que assola inclemente as ruas da nossa bela capital federal. Escondido, Djalma dos Santos vive na folgança rodeado de mulatas, dançarinas, prostitutas, sambistas, malandros e toda sorte de vagabundos . O Presidente da República ordenou ao Ministro da Justiça, o Excelentíssimo Dr. Juvêncio Friburgo da Pindorama Albuquerque, que envide todos os esforços e recursos na captura do famigerado criminoso. O ministro destacou seu competente primo, Dr. Padilha, para a árdua e perigosa tarefa.

O repórter Esso é um serviço público da Esso Brasileira de Petróleo e dos seus revendedores.

Na boate Vem que Trem, o brejeiro Mestre Pixinguinha empunha suas armas e saúda o folgazão repórter Esso.

quinta-feira, outubro 05, 2006

escrivaninha do seu Mané, ou a mulata voadora sobre a cidade de Deus (4567)

A mulata voadora fantasiada espiona o rio de janeiro

(O que custou arranjar
aquele balãozinho de papel!
Quem fez foi o filho da lavadeira.
Um que trabalha na composição
do jornal e tosse muito.
Comprou o papel de seda,
cortou-o com amor,
compôs os gomos oblongos...
Depois ajustou o morrão de pez
ao bocal de arame.
Ei-lo agora sobe – pequena coisa tocante
na escuridão do céu.


Manuel Bandeira
)

domingo, outubro 01, 2006

vitrola da dona Maria (674), ou a mulata voadora, ou Samba da Pergunta

O astronauta

Ela agora mora só no pensamento
Ou então no firmamento
Em tudo que no céu viaja

(samba da pergunta, Pingarilho & Marcos Vasconcellos)